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Uma das transformações mais notáveis da esfera mundial, sem dúvida alguma, foi a criação da internet e as diversas aplicações e modelos de negócios que ela nos permitiu desenvolver ao longo dos anos. Hoje, o número de usuários já é superior a 1,6 bilhão, e a curva tende a crescer ainda mais. Ainda mais se levarmos em conta os novos dispositivos, como smartphones e tablets, que permitem aproveitar a plataforma internet de maneira inovadora. Para se ter uma ideia deste crescimento, o Gartner afirmou que 20% das empresas não terão ativos de TI em 2012. Além disso, estima-se que o número de dispositivos móveis conectados à internet no Brasil vai saltar dos cerca de 10 milhões em 2014. Durante 2010, muita coisa foi especulada sobre inovações tecnológicas, e um tema que ganhou notoriedade foi a questão da adoção ou não de soluções de cloud computing (existem várias definições, sendo que a mais aceita pelo mercado é de que são aplicações consumidas pela internet por meio do browser que são executadas em servidores com tecnologia multitenant, isto é, que atendem simultaneamente a múltiplos usuários e empresas), abordando os riscos e benefícios. As tendências indicam que em 2011 um volume expressivo de companhias deverá iniciar projetos de computação em nuvem. Na maioria dos casos, estes primeiros contatos com a plataforma buscam melhorar a experiência de e-mail e colaboração. O modelo de cloud computing está atraindo cada vez mais empresas com a premissa de enxugar gastos e aumentar produtividade, além de permitir grande inovação tecnológica, gradualmente tomando espaço do modelo atual de cliente-servidor. Um estudo realizado em setembro deste ano pela consultoria norte- americana CompTIA, denominado “Cloud COmputing: Pulling Back the Curtain”, indica que 72% dos executivos entrevistados pensam em aumentar a quantidade e a variedade de serviços de cloud computing utilizados em 2011. A acelerada expansão das contratações de serviços cloud no Brasil marca riscos e oportunidades. Risco para aqueles canais que não se posicionarem corretamente hoje. Oportunidade para aqueles canais que tem a intenção de figurar como grandes fornecedores do mercado amanhã. Tanto os clientes como os fabricantes de IT tem cloud computing como tema central de suas agendas. Os CIOs consideram a computação na nuvem como uma transição estratégica de plataforma. Praticamente todo o fabricante tem cloud como tema prioritário. Note que o próprio termo “fabricante de TI” já começa a não fazer muito sentido, indicando a profundidade de transição pela qual estamos passando. Alguns canais têm expressado receio em enfrentar a transição do modelo de fornecedor atual a um novo paradigma. Suas receitas na plataforma legada ainda são maiores do que as vendas que vislumbrem com cloud. Porém, o risco não está associado ao presente imediato. As revendas e integradores que estão conquistando os negócios cloud hoje serão os líderes de mercado no futuro próximo. Como mostra o gráfico, a velocidade de adoção é muito mais rápida que adoção das plataformas anteriores. Para alguns executivos o caminho mais “confortável” ainda é permanecer na arquitetura cliente-servidor existente. Mesmo assim, estes executivos já enxergam com bons olhos este novo paradigma de TI e pretendem traçar uma estratégia para entrar no mundo da computação na nuvem. As vantagens de menor custo e maior agilidade inerentes as novas soluções cloud são inexoráveis. As empresas mais inovadoras que adotam o cloud já estabelecem os padrões e canais dos lideres de manhã. Os clientes mais tradicionais, mais cedo ou mais tarde, acabam buscando aqueles canais que obtiveram expertise comprovada com as soluções adotadas pelos clientes inovadores. Assim, para as empresas que pensam em oferecer estes serviços de TI, propomos algumas reflexões para esta virada de ano. Quantos % do seu atual talento humano é especialista em migrar seus clientes da plataforma legada para a plataforma cloud? Quantos % do seu faturamento vêm de projetos inovadores em cloud? Você perdeu recentemente uma “insignificante fatia” de sua receita para outro canal que forneceu a nova plataforma de seu (ex) cliente? Você está aproveitando o tempo que tem agora ou vai esperar esta perda virar uma hemorragia? Logo, acreditamos que a decisão mais importante, neste momento de transição, é escolher quem será seu fornecedor e parceiro de tecnologia para esta nova etapa. As vitórias e a base instalada do passado são quase sempre mais um inibidor que um facilitador da mudança. A inércia do legado geralmente inibe a inovação e transformação. Fonte: Schuch, Antonio. Google. O que esperar de 2011. 2011 será o ano da nuvem. Revista CRN, Brasil, volume 320, página 32, dezembro2010.
Em janeiro, a Panasonic e a IBM assinaram o maior contrato de computação em nuvem até o momento. Os 380.000 funcionários da empresa japonesa vão usar o serviço de e-mail na web Lotus Live, da IBM. Nos Estados Unidos, em outubro, a cidade de Los Angeles migrou de uma solução de e-mail da Novell para o Gmail, do Google, que será usado pelos 30.000,00 funcionários do município. No Brasil, o Google Apps passou a ser o pacote de aplicativos de escritório de 3500 funcionários das lojas Renner. Esses casos ilustram a crescente adoção das suítes de produtividade e colaboração hospedadas na nuvem por grandes empresas. Oferecidos como serviço, esses aplicativos dão flexibilidade e agilidade às empresas. Elas podem aumentar ou diminuir os recursos da noite para o dia sem fazer novos investimentos em infraestrutura. “Empresas de todos os portes perceberam que o software como serviço é tão prático como ligar a eletricidade”, diz Ricardo Rossi, gerente de produtos da Lotus da IBM Brasil. Paga-se desde 44 dólares anuais por usuário pelo Lotus Live Inotes, que inclui ferramentas como correio eletrônico e calendário. Nesse modelo de cobrança, fazer a conta dos gastos é fácil. O custo varia conforme o número de usuários, em contratos que são, geralmente, anuais. Não é preciso mais se preocupar em comprar licenças.
Google e IBM já oferecem seus pacotes de produtividade e colaboração online o Google Apps e o Lotus Live, respectivamente - no Brasil. A Microsoft se prepara para entrar na disputa e realiza testes com seu Business Productivity online Suite (BPOS), que deve estrear aqui no segundo trimestre do ano. Os preços são agressivos. O BPOS completo vai custar 10 dólares mensais por usuário e incluirá o correio eletrônico, uma plataforma para criação de uma intranet e uma solução de comunicação unificada. Quem preferir ficar apenas como o e-mail vai pagar 5 dólares por usuário, por mês. Para as pequenas empresas, fica fácil enxergar vantagens da adesão ao BPOS. Mas nas grandes é preciso analisar com cuidado, recomenda Eduardo Campos de Oliveira, responsável pela área de produtividade da Microsoft. “Quando a empresa é média ou grande e já tem uma infraestrutura de TI, a conta precisa ser vista de perto”, diz. Segundo Oliveira, muitas empresas estão adotando modelos híbridos. “A matriz roda o sistema no servidor dentro de casa, para ter mais controle. Nas filiais, onde há poucos usuários, elas adotam o serviço na nuvem”, exemplifica.
No caso da Gafisa, foi a pressa que levou a empresa a optar por uma solução na nuvem. A construtora adotou o pacote Postini Message Security, do Google, que inclui antivírus e astispam. Em dois dias, o serviço estava funcionando. “Se tivéssemos de passar pelo processo burocrático de aquisição de equipamentos, levaria pelo menos dez dias”, diz Marco Antônio Cardoso, gerente de TI da Gafisa. A solução custa por volta de 15 dólares anuais por usuário e pode ser integrada a qualquer sistema de e-mail. Por enquanto, Cardoso não tem planos de adotar o Google Apps. “Na Gafisa, o Office está enraizado na cultura da empresa. Mas acredito que cedo ou tarde as companhias terão de pensar na questão”, diz.